Quando é preciso usar cimentos endodônticos?

Com toda certeza, o sucesso quando o assunto é tratamento endodôntico está relacionado ao material obturador e sua técnica, afinal características como as propriedades físicas, biológicas e químicas precisam ser consideradas para conseguir o reparo e a manutenção da saúde do dente.

E neste texto, vamos falar exatamente neste assunto. Você sabe o que são os cimentos endodônticos e quando é necessário utilizá-los? Continue a leitura e confira!

O que são os cimentos endodônticos? 

Os cimentos endodônticos nada mais são do que materiais em estado plástico que ajudam na obturação do canal radicular, já que tem o objetivo de preencher e selar o espaço entre os cones de guta-percha e entre estes e as paredes dentinárias.

Para isso, eles precisam promover adesão, ter radiopacidade, excelente escoamento, bom tempo de trabalho adequado, estabilidade dimensional, insolubilidade aos tecidos tissulares e solubilidade em relação aos solventes.

Afinal, quando os cimentos endodônticos são indicados?

– Exposição Pulpar
– Cáries Dentárias
– Perfurações
– Pulpotomia
– Cirurgia Apical
– Pulpites reversíveis e irreversíveis
– Reabsorção interna e externa

Principais características do produto ideal:

– Facilidade de inserção;
– Tempo de trabalho e de presa adequado;
– Não apresentar contração de polimerização, para evitar infiltração;
– Possuir uma fluidez que permita o preenchimento adequado do conduto;
– Bactericida;
– Excelente radiopacidade;
– Não manche a estrutura dentária;
– Biocompatível;
– Bioativo;
– Permita remoção.

Conheça os cimentos endodônticos mais utilizados atualmente 

Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol

Esse é um dos primeiros cimentos obturadores usados na endodontia, composto por óxido de zinco e eugenol. No entanto, a presença do Eugenol pode levar a um aumento da resposta inflamatória.

Como se trata de um produto pó líquido é preciso manipular, com isso sua consistência é espessa o que dificulta o escoamento do cimento. Isso pode gerar maiores índices de infiltração e provocar manchas no dente por conta da sua composição.

Cimento à base de hidróxido de cálcio

Os cimentos endodônticos à base de hidróxido de cálcio foram desenvolvidos com a finalidade de reunir em um cimento obturador as propriedades biológicas do hidróxido de cálcio puro, melhorando suas propriedades biológicas para obter um maior índice de sucesso endodôntico.

A resina de dissalicilato é a mais bem tolerada pelos tecidos. Esses cimentos ainda possuem hidróxido de cálcio em sua composição, que faz com que o material promova rápida reparação dos tecidos. Um dos cimentos mais conhecidos para essa técnica é Sealapex e o MTA-Fillapex

Cimento à base de resinas plásticas

Os cimentos endodônticos compostos por resina epóxi foram desenvolvidos para substituir o óxido de zinco eugenol, com o intuito de melhorar o selamento dos canais radiculares.

Este tipo de cimento por ser, em sua maioria, pasta x pasta permite uma facilidade de manipulação, possui uma melhor fluidez e com isto, um vedamento do conduto adequado.

A sua formulação resinosa, pode gerar subprodutos que podem causar alergia ou prejudicar o processo de reparo tecidual, além de possuírem tempo de trabalho e presa muito longo.

Cimento à base de resina de salicilato e MTA

Os produtos à base de MTA surgiram por volta dos anos 90 como o material de eleição para tratamento de perfurações da raiz e formação de barreira apical. Hoje, ele é usado também como cimento endodôntico com apresentações prontas para uso, ou seja dispensa manipulação.

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