Com certeza você, cirurgião-dentista, já presenciou algumas emergências médicas na odontologia, não é mesmo? Desde uma reação alérgica devido a medicação ou até mesmo uma condição de risco que fez com que o paciente tivesse algo mais grave. Por isso que, diante de uma situação tão complicada, é fundamental que o profissional esteja bem preparado.
Manter a calma, nesse caso, é o primeiro passo, afinal a falta de estrutura pode complicar a situação seja quanto a saúde do paciente ou em relação às questões éticas e legislativas da odontologia. Por esse motivo, preparamos um conteúdo especial com algumas dicas para você administrar as emergências médicas no seu consultório. Confira abaixo!
O que são as emergências médicas na odontologia?
Emergências médicas na odontologia, conforme o artigo “Situações de emergências médicas em consultório odontológico: Avaliação da tomada de decisão”, divulgado na Revista Cirurgia BMF, pode ser definida como uma situação ou condição com alta probabilidade de desencadear risco de morte. É causada, na maioria dos casos, por ansiedade, doenças e/ou complicações durante os atendimentos ao paciente. Em muitas situações, há a necessidade de primeiros socorros ou intervenções imediatas.
Quais as emergências médicas comuns nos consultórios odontológicos?
As emergências médicas na odontologia mais comuns são: infarto do miocárdio, hipertensão, hipotensão, choque insulínico, coma diabético, alergia, asma, anafilaxia, hiperventilação, acidente cardiovascular e hemorragia. A maioria delas, cerca de 54,9% ocorreu durante ou logo após a anestesia local, o momento mais delicado do tratamento odontológico.
Dicas para administrar as emergências médicas na odontologia
1. Realizar o treinamento em SBV
Mais conhecido como Suporte Básico de Vida, seu principal objetivo durante as emergências médicas na odontologia é oferecer um atendimento inicial até que um profissional da medicina, caso seja necessário, assuma a situação. O SBV é o suporte ventilatório e circulação mecânica usada para garantir o bem-estar do paciente.
Hoje, por exemplo, existem instituições responsáveis por oferecer cursos de Suporte Básico de Vida. Esse é um ótimo investimento para você, cirurgião-dentista, estar preparado para qualquer imprevisto no consultório.
2. Contar com medicamentos e equipamentos de emergência
Para administrar as emergências médicas na odontologia, além de saber realizar corretamente o SBV, é imprescindível que o cirurgião-dentista tenha um planejamento para essas situações, em especial um consultório equipado e com medicamentos para o uso durante as ocorrências.
Por isso, invista em um kit básico para emergências. É importante que ele conte com ambu, tubo de oxigênio, cânulas de Guedel, farmácia básica, estetoscópio, seringas, aparelho de pressão, oxímetro e glicosímetro.
O que deve constar no histórico do paciente e anamnese?
Para evitar que esses problemas aconteçam no seu consultório, é importante ter o histórico completo do paciente, para o dentista estudar e saber quais os procedimentos podem ser realizados e quais não. Por isso, pergunte a ele:
- Já recebeu anestesia geral?
- Faz uso regular de algum medicamento?
- Faz algum tratamento médico atualmente ou já fez?
- Apresenta alergia a algum medicamento?
- Já sofreu algum tipo de mal-estar durante um tratamento odontológico?
- A sua pressão é alta ou baixa?
- Tem diabete ou alguém diabético em sua família?
- Sofre de ansiedade, síndrome do pânico, depressão ou outra doença?
- Faz uso de álcool, drogas ou fuma?
- Possui alguma doença crônica?
Agora que você já conhece os principais procedimentos para administrar as emergências médicas na odontologia, ficou mais fácil realizar os tratamentos no seu consultório. Afinal, nada melhor do que oferecer segurança e proteção para seus pacientes. Gostou do conteúdo? Para conferir muitos outros, siga o IOA São Paulo nas redes sociais: Facebook e Instagram.